
Todos os policiais militares são do Batalhão de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Alguns chegavam para trabalhar. Os que estavam de folga foram surpreendidos em casa, pela Corregedoria da Polícia Militar.
Até agora, dos 59 mandados de prisão contra policiais, 52 foram cumpridos. São soldados, cabos e um sargento. Foi preciso um ônibus para levar os acusados até à prisão.
A relação dos policiais militares com traficantes de Duque de Caxias era investigada há oito meses. Segundo a Polícia Civil, os PMs cobravam propina dos bandidos para que a venda de drogas não fosse interrompida.
De acordo com os investigadores, gravações telefônicas autorizadas pela Justiça revelam que o esquema de corrupção funcionava em duas favelas na área em que o Batalhão deveria policiar. As conversas mostram também que os PMs teriam libertado criminosos depois de receberem propina de até R$ 4 mil por semana.
“Tem casos até que eles teriam que informar quando uma equipe da Polícia Civil ou uma outra equipe de PMs fosse entrar na favela. Eles também informavam o tráfico da presença de pessoas estranhas, não-amigas, não-associadas a eles”, disse o delegado André Drumond.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que está na Itália participando de encontros com empresários, disse que investigações como essa ajudam a tirar das ruas os maus policiais.
“Eu diria que o policial que está ligado ao tráfico de drogas, ele é mais criminoso que o próprio criminoso. E esse tipo de delinqüente com farda tem que ser afastado”, afirmou o governador.
Os PMs presos serão ouvidos pela polícia na quarta-feira.
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