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"Escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois:
Não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi."

Mário de Andrade

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Luciano Pavarotti morre aos 71 anos

Luciano Pavarotti, considerado por muitos o maior tenor de sua geração, morreu nesta quinta-feira, em sua cidade natal Módena, aos 71 anos, após luta contra um câncer de pâncreas desde 2006 quando fora submetido a uma cirurgia.
O cantor morreu ao amanhecer, por volta das 05h00 locais (03h00 GMT), em sua casa, segundo a rede de televisão italiana RAI, que reproduziu informações do empresário do artista, Terri Robson.
A notícia se espalhou rapidamente e a Polícia teve de cercar a casa de Pavarotti para que a família pudesse manter a intimidade, já que era grande o número de fãs no local.
Desde a noite de quarta-feira os meios de comunicação italianos apontavam para uma brusca piora no estado de saúde de Pavarotti, que havia sido hospitalizado em agosto com forte febre e princípio de pneumonia.
No entanto, no dia 25 do mesmo mês, foi liberado pelos médicos para terminar a recuperação em casa. O tenor não foi mais visto em público desde sua cirurgia em 2006.
Pavarotti deu seu último concerto em 2004. Desde então, enfrentava problemas de saúde.
No início do verão, durante uma cerimônia em sua homenagem, na ilha de Ischia, perto de Nápoles (sul), a mulher de Pavarotti garantiu que ele estava bem e preparava um novo disco.
Nascido em 12 de outubro de 1935, filho de um padeiro sem recursos. Hesitou entre a música e o futebol, suas duas paixões. Teve que trabalhar para estudar com professores que guardavam zelosamente a tradição italiana.
A carreira começou nos anos 1960, quando saiu da província e gravou com grandes maestros. Foi um especialista nos papéis criados pelos compositores da escola italiana - Verdi, Puccini, Donizetti. Pavarotti cantou no mundo inteiro, do Teatro Scala de Milão ao Metropolitan Opera de Nova York, passando pela Torre Eiffel e a Praça Vermelha, sem esquecer da Cidade Proibida, adaptando-se a todos os públicos e variando seu estilo, ao cantar, por exemplo, com Sting ou Mariah Carey, para defender causas humanitárias.
Costumava dizer que tentava imitar o maior de todos, Enrico Caruso.
Não era tão bom, dizia, mas teve mais sorte porque viveu na era da televisão. Foi a televisão que impulsionou a fase final da carreira de Pavarotti, assim como de seus três dois contemporâneos famosos, Plácido Domingo e José Carreras.
Pai de quatro filhas e avô, ele se casou pela segunda vez em dezembro de 2003 com sua ex-secretária Nicoletta Mantovani, pelo menos 30 anos mais nova.
Luciano Pavarotti sempre buscou manter na ópera a tradição do tenor italiano puro. Aquele que dá notas agudas, românticas e que tem a noção precisa do canto lírico dos heróis operísticos.
Uma espécie de lamento vocal nostálgico, de som cristalino e eficiência dramática.
A voz já vinha declinando há mais tempo. Mas durante quatro décadas ocupou os palcos, as salas de concerto e as arenas de espetáculo. Foi um símbolo, uma época.




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